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Segue a lista completa com os nomes dos inscritos nos minicursos:

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1. “Gênero, diversidade e educação” (Me. Mona Ayala Saraiva da Silveira- UESPI).

O minicurso fomenta discussões históricas relativas aos estudos de gênero, diversidade e educação. O campo do saber de gênero tornou-se, nas últimas décadas, muito rico em pesquisas possibilitando a multiplicidade de debates enquanto objeto de análise nas ciências humanas e no ambiente escolar. Entende-se gênero como uma categoria que através de uma perspectiva relacional é construída culturalmente. Sendo essa a primeira forma de significar as relações de poder na sociedade (SCOTT, 1995). Dessa forma, discutiremos o processo de construção e legitimação das identidades de gênero nos diversos momentos históricos. Bem como, buscaremos ferramentas que possam colaborar na compreensão da temática dentro das escolas. Durante o minicurso, percorreremos autores e debates fundamentais para a  constituição desses campos, situando a importância do papel da escola enquanto um local de formação para a vivência da cidadania e da igualdade. E ressaltando como a “Escola sem Partido” e a argumentação sobre “Ideologia de Gênero”, tem desenvolvido propostas que vão contra a leis e compromissos internacionais, por pregarem a negação da discussão sobre gênero e diversidade dentro da escola.

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2. “História e literatura” (Me. Luís Filipe Brandao de Souza - UFPI).

Propomos para esse minicurso discutir as formas de apropriação da literatura enquanto fonte para história. O recorte desse curso é a história do Brasil contemporâneo, com a intenção de discutir a relação metodológica dos estudos históricos com a literatura brasileira.

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3. “Fronteira, sertão e território: perspectivas e categorias espaciais para análise do espaço social e geográfico em história colonial” (Me. Samir Lola Roland - UFPA). 

Para o estudo do processo de conquista e ocupação da parte oriental do Maranhão e do Piauí (Vale do Parnaíba) a partir de suas perspectivas espaciais, nos fundamentamos, em algumas categorias e conceitos analíticos como a ideia de fronteira, sertão e território, fundamentais para a análise do processo de conquista e ocupação de um determinado espaço geográfico como o que estamos estudando. Através dessa perspectiva, o objetivo principal é o de compreender o processo de conquista e ocupação a partir das distintas representações e sentidos que indivíduos e autoridades régias atribuíram a esse espaço que ocupavam e povoavam. As reflexões sobre fronteira, sertão e território nos permitem compreender a parte oriental do Maranhão e Piauí como uma região heterogênea e de múltiplos significados atribuídos durante o período colonial. O Vale do Parnaíba foi alvo de um gradual processo de conquista, ocupação e colonização iniciado por indivíduos oriundos de São Luís, Bahia e Pernambuco. Cabe destacar, por exemplo, como as autoridades régias e colonos representavam os diversos espaços “infestados” pelos grupos indígenas, justificando a realização de guerras e intervenções militares na região. Desse modo, os conceitos de fronteira, sertão e território nos auxiliam na compreensão das relações sociais e de poder no Vale do Parnaíba durante o processo de conquista e ocupação territorial. A proposta do minicurso, portanto, é compreender a parte oriental do Maranhão e oriental e ocidental do Piauí, não como um espaço físico concreto, mas a partir dos vários sentidos que homens e mulheres envolvidos na conquista e ocupação lhe atribuíam, a partir de suas experiências, durante o processo de conquista e colonização. Para tanto, torna-se importante relacionarmos as diversas perspectivas espaciais com olhar sobre a documentação primária onde termos como “fronteira”, “sertão” e “território”, parecem em diversos relatos tanto das autoridades régias como dos moradores durante a conquista e ocupação da região.

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4. “O livro didático como fonte de pesquisa na História (Dr. José Petrúcio de Farias Jr -UFPI-, Nádia Narcisa de Brito Santos - Mestranda UECE, Gizele da Conceição Lima - Mestranda UFPI)

O livro didático ainda constitui-se a ferramenta pedagógica por excelência do cotidiano escolar de muitas salas de aula no Brasil, e este fato nos permite afirmar a importância deste recurso para construção de uma (nova) aprendizagem sobre a História. Consideramos que o livro didático é um documento que apresenta a maneira como determinada época pensa o que e como ensinar, além de retratar temas e sujeitos de maneira singular, o que fundamenta uma versão oficial da História. Nesse sentido, objetivamos problematizar as narrativas históricas escolares presentes em manuais de ensino de História do século XIX ao XXI, tais como os compêndios de Justiniano José da Rocha (1860), Victor Duruy (1865) e Pedro Parley (1869), e a coleção de História mais adotada pelo Programa Nacional do Livro Didático (PNLD, Guia 2018) de Alfredo Boulos Júnior (2016). Então, neste minicurso iremos discutir como melhor explorar o tema democracia ateniense e o sujeito negro, a partir das diferentes fontes que permeiam este instrumento didático.

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5. “O devir-negro e a produção de novos espaços” (Emanoel Jardel Alves Oliveira -Mestrando UFRN - e Rayra Atsley Carvalho Lima - Mestranda UFBA).

Atualmente, a pesquisa historiográfica tem se posto aberta para discutir sobre os perigos de uma única história, isto é, tem refletido acerca da condição da história de diversos grupos subalternos possuírem uma narração construída a partir do discurso hegemônico, pautado no modelo europeu. Desse modo, considerando este precioso momento em que a história tem se voltado para a subalternidade, o presente minicurso tem por objetivo central dialogar à respeito do devir-negro no mundo, e os seus espaços de atuação, que, consequentemente, promovem a criação de novos territórios e subjetividades. Sendo assim, o debate de caso servirá de ponte para perpassarmos por diversas discussões que atravessam os negros e negras na historiografia nacional e internacional. Além disso, pretende entender a historicidade dos espaços de atuação dos negros, pensando como a espacialidade é um objeto de estudo produzido, demarcado, legitimado, descrito, imaginado e simbolizado, mediante as relações de poder na sociedade.

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6. “Reforma sem História pra contar: Desafios do Historiador/Professor de História frente à Nova BNCC” (José de Jesus Redusino - Mestrando UFPI).

A reforma do Ensino Médio, implementadas pelo atual governo, desencadearam uma série de problemáticas no sistema educacional brasileiro que, atualmente culminam, com a implementação da Base Nacional Comum Curricular e de novas diretrizes que nortearão toda a Educação Básica. As consequências de tal ação é a exclusão de disciplinas fundamentais para a formação humana.

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7. “Entre cidade e sertão: o projeto civilizador português no Brasil setecentista” (Dr. Gustavo Henrique Ramos de Vilhena – UESPI).

Para a história colonial americana, o século XVIII representou o momento de investida sobre as zonas mediterrâneas da América portuguesa. O esforço de forças públicas e privadas pela “territorialização” dos sertões da Colônia significou, ao longo de um século, o reconhecimento, a conquista militar, o estabelecimento de núcleos urbanos e todo um processo de institucionalização da autoridade colonial através de regimentos, cartas régias, instituições e corpus militares. A política de disciplinarização das zonas opacas da administração portuguesa no Brasil tornou-se política oficial com a efetivação do Gabinete Pombalino em meados da segunda metade dos setecentos. Assim, definiram-se os contornos de um projeto de “civilização” dos sertões pautado na construção imagética da criminalidade, barbárie e incivilidade, onde a atuação do Estado deveria submeter as populações “sertanejas” sob mecanismos de controle social e jurídico. A criação da Capitania de São José do Piauí, em 1759, materializou tal projeto através de políticas urbanas e a criação de estruturas burocrático-administrativas ao longo do território. No caso do Piauí, a inserção de grupos sociais específicos na montagem do aparelho administrativo contribuiu para a dominação privada sobre a esfera pública, além de reforçar relações de poder mediadas por critérios étnico-raciais e econômicos. A racionalidade setecentista portuguesa e seu projeto civilizador foram fundamentais em delinear certas características sociais que definiram, por exemplo, a prevalência de fenômenos tais como concentração fundiária e relações patrimonialistas, ou a exclusão de grupos sociais pela etnicidade e natureza econômica. Esse minicurso pretende discutir as ressonâncias de um modelo de colonialidade setecentista no universo das questões sociais na contemporaneidade.

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8. “Os dispositivos tecnológicos nas discussões de gênero” (Lanna Karen Lima Araújo - Mestranda UFPI -  e Júlio Eduardo Soares de Sá Alvarenga - Mestrando UFPI).

Atualmente, os dispositivos tecnológicos e/ou midiáticos têm ocupado grandes e consideráveis espaços na vida moderna, sendo produtores e disseminadores de convenções hierárquicas culturalmente aceitas, em especial no que tange aos papéis sociais atribuídos aos gêneros masculino e feminino. Desse modo, a considerar essas produções e as relações de poder nelas existentes, a presente proposta de minicurso tem como objetivo fazer uma discussão dinâmica através de recursos sonoros e visuais- como músicas, filmes e propagandas-acerca das questões de gênero de modo a problematizar essas produções. Além disso, a pretensão é discutir como a historiografia contemporânea – em especial no tocante a temática de gênero – vem lidando com esses recursos e de que maneira ocorre seus consumos culturais.

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9. “História e modernidade em Alasdair Macintyre” (Me. Jardel de Carvalho Costa - Doutorando PUCRS)

A presente proposta de mini-curso tem como objetivo caracterizar a narrativa histórico-filosófica de decadência de modernidade esboçada pelo filósofo escocês Alasdair MacIntyre. De acordo com MacIntyre, foi impresso na imagética contemporânea uma imagem distorcida da modernidade, ou seja, os iluministas conseguiram introduzir uma visão de progresso eminentemente falsa, mas que ainda hoje persiste nos manuais historiográficos. Atacando fortemente as bases teóricas da modernidade, MacIntyre tem procurado demonstrar que as consequências do projeto iluminista foram em grande medida, gerar uma sociedade altamente fragmentada, desvinculada das tradições históricas e individualista. Como bem tem apontado o filósofo escocês, a consequência imediata do projeto iluminista “foi criar um sujeito que só pensa na primeira pessoa do singular: Eu, depois eu e depois eu de novo”. Sendo assim, pretendemos caracterizar o modelo decadente de história conforme aponta Alasdair MacIntyre. Para tanto, em termos metodológicos centramos atenção na obra magna de MacIntyre intitulada “Depois da Virtude”.

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10. “Gênero e Ensino: prática docente e legislação brasileira” (Me. Lorena Maria de França Ferreira - UFPI).

A proposta do minicurso é discutir as relações entre gênero e ensino, a partir do diálogo com a educação e a legislação brasileira vigente. Com isso, objetiva-se refletir como o uso de matérias pedagógicos (filmes, músicas, livros e materiais digitais) e a legislação possibilitam instrumentalizar o ensino de temas ditos transversais (sexualidade, ética, pluralidade cultural, etc.), nos currículos da educação básica e, bem mais do que isso, anotar as iniciativas de produzir um sistema legal que busca inserir a categoria de gênero nos conteúdos escolares. Destarte, as metodologias empregadas são a exposição e discussão do assunto para o desenvolvimento das competências desejadas, inclusive, o levantamento de subsídios para a prática docente.

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11. Usos da memória e documentos visuais (Dr. Elson de Assis Rabelo - UNIVASF)

A proposta do minicurso é indicar os usos de memória franqueados aos historiadores em torno da investigação com e sobre os documentos visuais, particularmente as imagens fotográficas. Da problematização em torno dos acervos, de sua constituição e acesso, à formalização da pesquisa histórica, quais são as possibilidades de leitura e abordagem da memória de pontos de vista socialmente plurais, das questões éticas, políticas e culturais  publicamente relevantes para o presente - essas são algumas das temáticas a serem discutidas. Diante das urgências de políticas responsáveis de memória, em nosso tempo, o trabalho do historiador ganha um destaque ético e epistemológico de incomodar as memórias e zelar pelo conhecimento acessível a seu respeito.

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12. História, Politica e Cultura Politica: os estudos de história politica no Piauí e no Brasil (Dr. Marylu Alves de Oliveira -UFPI-  e Jackson Dantas de Macêdo -Mestrando UFPI ).

O curso tem como objetivo apresentar aos estudantes do curso de História e das Ciências Humanas de uma forma geral as interfaces dos estudos históricos com a política, o poder, a “nova história política” e a Cultura Política no âmbito do Brasil e Piauí. A proposta visa lançar luz sobre o papel do político na produção histórica contemporânea, dimensionando uma ampla discussão desse tema em espaço local.

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13. “História, Arqueologia e Museus” (Me. Naydiney de Castro Gonçalves - Doutorando UERJ)

O Minicurso tem como objetivo aproximar diferentes campos do conhecimento para a formação de professores na área de história, assim como socializar experiências de profissionais que atuam no campo do patrimônio cultural. Partimos da necessidade de problematizar a interdisciplinaridade por meio do diálogo entre a História, a Arqueologia e outras disciplinas no contexto do patrimônio, além de divulgar pesquisas com temáticas relacionadas e fomentar o debate acerca de espaços museológicos.

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RELAÇÃO DE MINICURSOS SEMHIPI 2018

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